Safra latina ainda é pouco conhecida pelo público brasileiro
A cultura americana exerce tanta influência no Brasil que a música latina passa longe do show biz nacional, dos meios de comunicação de massa, da indústria fonográfica local e, como consequência direta, do público. Uma pena. Tão rica quanto a nossa, a música latina está bem mais próxima artisticamente do país do que qualquer outra. Basta uma audição mais atenta aos principais nomes pop do momento para listar as afinidades. Uma prova da diversidade ocorre com a série de recentes lançamentos que acaba de chegar às lojas.
Há artistas e canções para todos os gostos: regional, pop, romântico, eletrônico e nomes tão populares que, quando começam a interpretar o repertório, simplesmente não conseguem seguir adiante, interrompidos ao vivo por um coro de admiradores histéricos. Bom exemplo de intérpretes que deveriam figurar na discoteca de qualquer admirador mais antenado na produção contemporânea é o espanhol Antonio Orozco. Nascido em Barcelona, o cantor de 40 anos mostra segurança na interpretação que o destaca dos demais. O disco Diez é bom exemplo. Com estilo pop bem resolvido, reúne as condições que o colocam na categoria de um dos melhores do gênero: é envolvente, tem emoção e diversidade sonora e rítmica.
Na mesma linha aparece Luis Fonsi. Nascido em Porto Rico, o cantor, de 34 anos, viveu a maior parte da vida em Orlando (EUA), onde aprendeu inglês e foi, logicamente, bastante influenciado pela cultura norte-americana. O disco Tierra firme, que acaba de chegar ao Brasil, resume as influências. É pop, é dançante e lembra bem o estilo de Ricky Martin. Aos 3 anos, Fonsi já tentava cantar imitando o grupo Menudos, do qual Martin foi um dos principais integrantes. O CD atual foi gestado em um ano e meio, período em que produziu 125 canções. Escolheu 10 delas, as mais representativas do seu estilo, mescla de pop, R&B e balada.
Outro da mesma geração é o espanhol Manuel Carrasco. Com o disco Habla, o cantor e compositor, de 31 anos, se tornou popular inicialmente pela participação num concurso musical da televisão espanhola. Desde então, se esforça para mostrar que, além da pinta de galã, é bom artista. Para ele, a melhor forma de se fazer ouvir é falar. Daí o nome do disco. “A palavra é a melhor arma do presente e do futuro.” O álbum é uma tentativa de estabelecer conexão mais próxima com os fãs.
REGIONAL
Quem busca um estilo mais regional também encontra novidades entre os lançamentos. Com MTV unplugged Los Tigres del Norte and friends, do conhecido grupo regional mexicano, figurinha fácil no Grammy Latino. Seus discos, sobretudo os gravados ao vivo, parecem mais uma celebração. Fãs histéricos cantando todas as letras, numa alegria generalizada embalada por sonoridade que tem lá sua proximidade com os sertanejos brasileiros.
Sensação parecida provoca o também mexicano Marco Antonio Solís. Com o disco Una noche de luna, gravado no auditório Luna Park de Buenos Aires, na Argentina, o cantor mostrou por que se tornou internacionalmente conhecido no mundo latino, pelas realizações como intérprete, compositor, arranjador e produtor. Prova também, faixa a faixa, por que é considerado um dos mais influentes artistas da década passada, sobretudo entre as camadas mais populares.
Os recentes lançamentos latinos também reservaram espaço para o pop espanhol com fortes influências americanas. Não que isso seja algo ruim em si, mas não apresenta a mesma originalidade dos demais. Neste grupo figuram nomes como Paulina Rubio e Bravísima, e Dom Omar com o CD MTO2 New generation. Fazem uma junção das sonoridades do rap, do pop e da eletrônica, embalados por letras que não dizem tanta coisa. Nem tudo é ruim nessa seara. O disco do grupo de rock mexicano Café Tacvba ilustra a boa experimentação na área. Uma curiosidade: a banda teve que mudar de nome. Surgiu como Café Tacuba, mas devido a problemas legais com um café de mesmo nome foi rebatizada.
Há artistas e canções para todos os gostos: regional, pop, romântico, eletrônico e nomes tão populares que, quando começam a interpretar o repertório, simplesmente não conseguem seguir adiante, interrompidos ao vivo por um coro de admiradores histéricos. Bom exemplo de intérpretes que deveriam figurar na discoteca de qualquer admirador mais antenado na produção contemporânea é o espanhol Antonio Orozco. Nascido em Barcelona, o cantor de 40 anos mostra segurança na interpretação que o destaca dos demais. O disco Diez é bom exemplo. Com estilo pop bem resolvido, reúne as condições que o colocam na categoria de um dos melhores do gênero: é envolvente, tem emoção e diversidade sonora e rítmica.
Na mesma linha aparece Luis Fonsi. Nascido em Porto Rico, o cantor, de 34 anos, viveu a maior parte da vida em Orlando (EUA), onde aprendeu inglês e foi, logicamente, bastante influenciado pela cultura norte-americana. O disco Tierra firme, que acaba de chegar ao Brasil, resume as influências. É pop, é dançante e lembra bem o estilo de Ricky Martin. Aos 3 anos, Fonsi já tentava cantar imitando o grupo Menudos, do qual Martin foi um dos principais integrantes. O CD atual foi gestado em um ano e meio, período em que produziu 125 canções. Escolheu 10 delas, as mais representativas do seu estilo, mescla de pop, R&B e balada.
Outro da mesma geração é o espanhol Manuel Carrasco. Com o disco Habla, o cantor e compositor, de 31 anos, se tornou popular inicialmente pela participação num concurso musical da televisão espanhola. Desde então, se esforça para mostrar que, além da pinta de galã, é bom artista. Para ele, a melhor forma de se fazer ouvir é falar. Daí o nome do disco. “A palavra é a melhor arma do presente e do futuro.” O álbum é uma tentativa de estabelecer conexão mais próxima com os fãs.
REGIONAL
Quem busca um estilo mais regional também encontra novidades entre os lançamentos. Com MTV unplugged Los Tigres del Norte and friends, do conhecido grupo regional mexicano, figurinha fácil no Grammy Latino. Seus discos, sobretudo os gravados ao vivo, parecem mais uma celebração. Fãs histéricos cantando todas as letras, numa alegria generalizada embalada por sonoridade que tem lá sua proximidade com os sertanejos brasileiros.
Sensação parecida provoca o também mexicano Marco Antonio Solís. Com o disco Una noche de luna, gravado no auditório Luna Park de Buenos Aires, na Argentina, o cantor mostrou por que se tornou internacionalmente conhecido no mundo latino, pelas realizações como intérprete, compositor, arranjador e produtor. Prova também, faixa a faixa, por que é considerado um dos mais influentes artistas da década passada, sobretudo entre as camadas mais populares.
Os recentes lançamentos latinos também reservaram espaço para o pop espanhol com fortes influências americanas. Não que isso seja algo ruim em si, mas não apresenta a mesma originalidade dos demais. Neste grupo figuram nomes como Paulina Rubio e Bravísima, e Dom Omar com o CD MTO2 New generation. Fazem uma junção das sonoridades do rap, do pop e da eletrônica, embalados por letras que não dizem tanta coisa. Nem tudo é ruim nessa seara. O disco do grupo de rock mexicano Café Tacvba ilustra a boa experimentação na área. Uma curiosidade: a banda teve que mudar de nome. Surgiu como Café Tacuba, mas devido a problemas legais com um café de mesmo nome foi rebatizada.
Fonte: Estado de Minas